VIOLÊNCIA ATÉ QUANDO?
Na noite de sexta, 26 de fevereiro, por volta das 21h50, quando o ônibus trafegava na Rua Miguel Arcanjo – na Vila Lutécia – o companheiro Jairo da Rocha Rodrigues, de 37 anos – motorista da Viação Vaz – foi baleado na cabeça no exercício de sua função. O companheiro teve morte cerebral e faleceu na segunda, 01 de março. Segundo testemunhas, três “moleques” entraram no ônibus, um deles apontou a arma na cabeça do motorista e pediu o dinheiro, ele entregou, não reagiu, mas mesmo assim foi brutalmente baleado. Além da vida de um cidadão honesto, trabalhador e pai de família, eles levaram nove reais. Até quando nos
vamos aguentar?
REUNIÃO NO 41º BATALHÃO DA PM VAI GARANTIR MAIS SEGURANÇA AOS TRABALHADORES
Diante da morte do companheiro acima citado e de tantos outros fatos semelhantes, na segunda, 01 de março, houve uma reunião no 41ºBatalhão da Polícia Militar, para discussão sobre a criminalidade e a falta de segurança que envolve a categoria rodoviária. Receberam-nos: VIOLÊNCIA Mais uma vez os trabalhadores rodoviários ficaram indignados com a brutalidade e a falta de segurança que envolve a categoria. Por motivos torpes, diversos pais e mães de famílias estão sendo assassinados no exercício de sua profissão. O Major Enéas, Major Gaspar, Major Barthazar, Capitão Parruca (comandante da 2ª Cia.), além de diversos tenentes e sargentos. A Prefeitura de Santo André enviou o Secretário de Obras e Serviços – Sr Alberto Rodrigues Casalinho e seu adjunto – Sr. Dovílio Ferrari Filho; a Secretaria de Segurança Pública estava representada pelo Sr. Claudemir José das Neves (adjunto).
A AESA enviou o Sr. Marcondes. Dentre os empresários estavam os Srs. Osias, Aparecido e Francesco e representando a categoria rodoviária participaram os diretores: Zé Preto, Erivan, Leandro, Odacir, Ferrari e Ivo.
A PM GARANTE RESPOSTA IMEDIATA
Os três majores falaram em nome do Coronel Navarro e garantiram que as ações da PM serão imediatas. Todos os presentes citaram dados e fatos importantes que irão ajudar a PM nas investigações. Ficou claro que o principal ponto que emperra o trabalho da polícia é a falta de dados.
É de extrema importância a realização do boletim de ocorrência (BO), esta é a única forma da polícia saber onde e como deve agir. Os empresários falaram do tempo perdido na realização do BO e o sindicato explicou as dificuldades que os empresários colocam quando o trabalhador tem que fazer este procedimento.
BO MAIS RÁPIDO E SEM FILA
Para amenizar o impasse, o 41º Batalhão se prontificou em realizar os boletins de ocorrências da categoria
rodoviária. Isto acontecerá sem filas e sem espera. Se o motorista ou o cobrador não puder comparecer, o BO poderá ser feito por um representante da empresa ou do sindicato, mas os dados devem ser citados corretamente, com o local exato em que o fato aconteceu.
POLICIAL À PAISANA E ABORDAGENS NOS ÔNIBUS
Para tentar prevenir a criminalidade contra a categoria rodoviária, vários policiais estarão circulando nos ônibus em trajes comuns. Além disso, a PM vai realizar várias abordagens nos coletivos e nos lugares indicados pela categoria. Pedimos a colaboração de todos os envolvidos, inclusive dos passageiros, afinal, esta luta é de todos nós.